Porto Alegre Imobilidade Urbana : Linhas de ônibus ganham alterações com fusões e alimentadoras



A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), anunciou alterações em 18 linhas de transporte coletivo da Capital, o que representa menos de 5% do total de linhas em operação. A medida entra em vigor a partir de sábado (27.01.18), aproveitando o período de movimento reduzido para atualização do sistema de transporte. Algumas linhas vão passar de radiais, que se deslocam até o Centro, para alimentadoras, e outras serão unidas – atendendo as mesmas comunidades de forma racionalizada. Algumas alterações serão apenas no fim de semana, outras apenas em dias úteis e até nos sábados, após 20h30.
A redução do número de passageiros foi o motivo para adoção da medida que irá transformar essas linhas em alimentadoras. “A média de usuários por viagem é extremamente baixa, varia de 11 a 20 passageiros num veículo que tem capacidade para 80 pessoas e a média mensal de pagantes reduziu mais de 26%, desde 2011 até o fim de 2017. Esses ajustes são necessários para melhorar a qualidade do serviço, otimizar o atendimento e regularizar intervalos”, destaca o gerente de Planejamento e Transportes da EPTC, Flávio Tumelero.
EDITORIAL
Para Flávio Tumelero , os ônibus precisam circular com lotação completa, pois considera a capacidade de 80 pessoas. O gerente, desconsidera que os todos os assentos do ônibus estão ocupados. Também desconsidera que 20 passageiros representam quase 50% dos espaços para transportar passageiros sentados.
A EPTC, que não cobra a renovação da frota, estabelecida em Licitação e paga por usuários através de percentual incidente sobre a tarifa, penaliza os usuários com o desmonte do transporte público por ônibus. As mudanças com fusões e alimentadoras, além do aumento de intervalo entre veículos são elementos motivadores para o afastamento de passageiros. ‘É um tiro no pé’, cada vez mais usuários vão buscar outras alternativas de transporte. A EPTC, ao atender os desejos e interesses do concessionários, não só prejudica os usuários como compromete seu principal papel que é satisfazer o desejo público e não o privado. Nenhum Porto alegrense pediu para as empresas participarem da licitação. Se o negócio é tão ruim, pq não entregam ?